segunda-feira, 31 de março de 2014

Da impontualidade do amor / Uma declaração para o Renato

Acontece que o amor não é pontual e nem é certinho. Livros e filmes indicam o que fazer de mais romântico, mas na vida real, as coisas acontecem como podem, e é bem mais bonito. 
Eu li esse texto da Martha Medeiros (A impontualidade do amor) faz uns 13 anos, e nunca esqueci. Antes ele era um alento, de que uma hora o amor (o certo, a minha pessoa) viria. Hoje ele é uma constatação. A minha pessoa me acho de toquinha de biscoiteira na cabeça, ele quase 5 anos "atrasado" (mais novo) e eu sem saber mais o que esperar. Mas com persistência e um pouco de marketing, ele me dobrou e eu deu uma chance, pra ver "de qualé que era". E foi! Está sendo e eu estou muito feliz.
O pedido de namoro veio num ponto de ônibus lotado, a gente suado porque tinha corrido, era quarta feira, não tinha flores, mas amor já tinha, porque ele é a minha pessoa desde os 14 anos dele, sem eu fazer a mínima idéia.
Agora, quase dois anos depois, veio outro pedido, coisa que a gente já queria mesmo, mas que não era oficial. Ontem virou, e não foi num jantar, não tinha música, não tinha luz... Eu gripada, pronta pra dormir e ele teve a ideia de me dar esse anel de chiclete e me pedir em casamento. O anel não serve no dedo anelar, e a gente não sabia a mão certa para noivado, namoro ou casamento, mas o pedido foi real e a aceitação também, então, independente dos símbolos, nós estamos enlaçados um no outro, e daqui a pouco vem mais novidades por aí, laço mais estreito...