sábado, 28 de maio de 2011

Sentimental

Hoje eu acordei assim... sentimental.
Começou de manhã quando eu disse pra minha irmã que ia vir trabalhar e ela quis que eu ficasse em casa. Expliquei que não fazia sentido ficar em casa porque:
1 - Eu tinha muita coisa pra fazer.
2 - Ela ia estudar e não ia poder nem conversar comigo durante o dia.
3 - O Leo ia à tarde lá pra casa e ela ia ficar namorando e de novo, não ia nem conversar comigo.
4 - Preciso de muito dinheiro pra comprar desinfectante, porque a Amélie faz xixi pela casa toda o tempo todo.

Aí bateu aquela coisa de "eu nem tenho amigo s em Betim...", "não tem nada pra fazer em Betim..."... Ai comecei a lacrimejar. E pensei "Bosta de TPM". Porque é TPM mesmo! Ta bom que eu fico triste de verdade com essa situação e ela é bastante real, solitária e dolorosamente real, mas eu não choro todas as vezes que penso nisso. Só uma vez a cada mês, durante essa baixa de hormônios...

Ai saí pro trabalho. E quando cheguei aqui o 1Berto estava também. Ele é o  meu chefe, já falei dele aqui.
Pois então, ele está saindo de férias e a partir de segunda feira eu estarei sozinha aqui, com mil coisas pra fazer e sem saber fazer tais mil coisas. Desesperador? Com certeza! Principalmente se somado ao fato de eu ainda ter que ensinar a menina que fará a minha função antiga e inicio de mês é quando bomba a minha função antiga!
Mas, incrivelmente,  eu não estou chorando por causa disso. Ai sabem porque foi que eu chorei? E foi o cúmulo????
1Berto foi se despedir de mim, disse que era pra eu ficar firme, desejou boa sorte, eu desejei bom descanso e, como eu estava sentada, ele me deu um beijo na testa pra despedir. E foi saindo. Eu fiquei olhando ele saindo e comecei a chorar!
Aff!!!
Eu não sou assim não, sabe? Nem sou tão ligada a ele assim, principalmente depois que eu trabalho com ele (sinto é medo de ele desistir de mim porque eu não sei nada direito). E ele não está indo embora! São só férias!! Mas a imagem do beijo na testa - coisa que meu pai não faz, e nem é que ele não seja carinhoso, mas ele é diferente - e o 1Berto saindo pela porta... + a baixa de hormônios... Ai ai...

Mas passou o choro!
E tomara que passe a des-vontade de viver o fim de semana...

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Métodos de espantar o sono em reuniões monótonas

Eu falei que ia postar um texto que dissesse tudo o que eu deveria ter gritado com o H. na hora de terminar, ou depois, mas não gritei. Aí a dois dias atrás eu cheguei no trabalho de manhã com a ideia de finalmente por essas coisas pra fora, mas não saiu nada! Parei, pensei, tentei iniciar uma das brigas que aconteciam com frequência na minha cabeça, onde ele só escutava, não dava desculpas, não discutia nada... Não veio. Parece que passou. Saiu de dentro de mim.
Não acho que a raiva e a frustração tenham sarado, mas eu não sofro com elas mais - considerando que cada briga imaginária que eu tinha com ele, era o sofrimento e a frustração pelo tempo perdido, pela má escolha, ou pela mudança (piração) repentina que se operou nele e fez a gente desandar. Não se sofre só com lágrimas. Eu não sabia de nada disso. Eu não sabia de muita coisa!

E ontem, durante uma reunião onde eu estava me beliscando pra ver se ficava acordada - eu SEMPRE sinto MUITO sono nas reuniões, aí tenho que escrever textos, fazer listas... Qualquer cosia pra me manter acordada - eu achei um texto de outra reunião, do dia que eu percebi que eu não ia chorar, nem emagrecer mais, nem andar pelas ruas achando que o mundo era cinza e que eu era uma zumbi...

Acho que ao longo dos anos - e tem uma boa quantidade de anos que eu ando me relacionando com caras bons e ruins - eu não aprendi nada! Mas neste ultimo anos eu aprendi tudo o que não tinha aprendido!!! Dá pra acreditar que eu tenha finalmente entendido o que é que tanto falavam sobre eu "me valorizar"?
Dá pra acreditar que eu esteja neste momento com preguiça  de conhecer gente porque ando sentindo de longe o cheiro dos que só falam balela pra me pegar e depois sumir feito fumaça no ar? Aliás alguns não somem... Eu via diariamente e sentia falta de ar psicológica porque sofria horrores a mudança de ideia repentina da criatura: um dia era só amores, no outro dia mal me dizia bom dia...

Bom, sabendo que essa situação não se reserva só a mim e que homens ruins estão espalhados aí, em qualquer lugar, disfarçados das mais variadas formas e conversas fiadas, vou me resguardar. Não que eu não queira ninguém. Só não estou querendo agora. E aprendi a sofrer, finalmente, apenas pelas coisas realmente sofríveis.




Nenhum sonho esdrúxulo ultimamente. Nenhum sonho normal também. Nem sonhos acordada eu ando tendo...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Blog preto, porta branca

Ando pensando em mudar as cores do blog...
Quando eu o fiz, era preto assim, só que com todo o texto em rosa. Vários tons de rosa. Só que eu não curto rosa tanto assim, só o meu guarda chuva, aí pra ressussitar o blog eu troquei pra outras cores. Agora minha crise é com esse pretume todo do fundo... Acho que pesa. Mas não sei ainda...

Hoje chegou a estagiária que vai me substituir na função antiga. Legal ela, espertinha - possivelmente, mais que eu - vai aprender rápido. Ela não sabe o quanto vai me ajudar!! E foi até bom, porque hoje eu estava frustrada (vivo frustrada depois que acumulei funções) por não ser satisfatória para o 1Berto. E eu resolvi que vai ser legal e to até me policiando pra não falar mal de nuinguém. Nem do cara feio, de nome feio, de mau-hálido que de tão mala já me fez até chorar aqui no trabalho. Falei pra ela ser ótima com ele e ele não vai olhar pra ela como se ela fosse incompetente - é esse o olhar dele pra mim. Ó que legal!

Aí ensinei a menina o dia inteiro. E ela descobriu um segredo: o serviço é fácil e acaba logo. É por isso, minha gente, que eu ganhava miséria. Porque trabalhava pouco também. Isso à partir de todo dia 18 do mês. Antes não. Mas eu não vou contar pra ela como passar o tempo. Sinto muito. Não vou ensinar ninguém a vagabundar. Ela que aprenda sozinha! E não é por má vontade, falta de coleguismo, nem nada disso: é porque eu não quero que ela saiba e nem conte pra ninguém que eu sabia vagabundar muito discretamente.

Agora, mudando COMPLETAMENTE de assunto, resolvi contar aqui os dois sonhos que eu tive. Um de anteontem pra ontem e o outro de ontem pra hoje. Estou claramente imitando a Fabiane (que inferno! eu queria colocar o link dela, pro nome dela ficar azul e quem tivesse curiosidaade - só o Gabs, meu unico leitor - pudesse clicar e ver que ela conta os sonhos dela direto, e eles são bem legais, bem sonhos mesmo), mas vamos lá! Os dois sonhos foram importantes:

Eu estava conversando com a minha irmã, metendo o pau no H. Aí ela vira e diz, meio ferina, meio não: "-Ele ta namorando, né!?" E olha pra mim com cara de "e aí, vai desabar agora? Pode chorar. É péssimo mesmo."
Mas quando ela fez a revelação, eu até estremeci, mas não passou disso. Não desabei, não vou desabar. Foda-se se ele está namorando. Eu já sabia que não ia ser nada bem feito depois mesmo.
Detalhe é que a minha irmã não era a minha irmã. Tinha uns 38 anos, lembrava a Cassia Eller e a Marina Lima ao mesmo tempo. E eu acordei com a certeza de que a informação do sonho é verdade. Mas nunca vou procurar saber. Inclusive pedi pro meu amigo Marco Tulio excluir ele daquela merda de facebook que só me traz coisa ruim de lembrança.

Vamos ao outro sonho, que eu to ficando muito revoltada:

Eu estava parada em frente à porta do quarto do hotel onde o Gabs está. Porta branca, um número estampado meio antigo na porta: 1360. Carpete bege clarinho no corredor todo e eu sabia que o corredor era o da casa da Robin de "How i met your mother" (morro de medo de ecrever carne ao invéz de conheci). ~Mas eu não bati na porta e não vi o Gabs. Continuo com saudade dele então, fazer o quê?

Contei isso pro Gabs e ele me disse que a porta é marron. O número do quarto é 207.
Bem que eu sabia que era a casa da Robin...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Músicas, enjôo e xingamentos mentais

Estamos usando o iTunes aqui no meu trabalho quase como rede social. Eu já usava a um tempão e de repente chegou um monte de gente. O legal do iTunes é que a gente pode ouvir as músicas de qualquer pessoa que tenha e ative compartilhamento.
Pois foi assim que comecei a conversar mais com o Victor. E hoje ele me disse que tava ouvindo Bob Marley da lista do Bernardo. Aì:
C: - Tem uns 6 anos que não escuto bob Marley.
V: - E como você conseguiu contar o tempo?
C: - Eu escutava quando morava em Pará de Minas e namorava um cara que adorava reggae.
V: - Ah.
C: - Aconteceu o mesmo com Pink Floyd e Dave Matthews Band.
V: - Mas você escuta as coisas por causa do namorado?

Sentindo um risco à afirmação da minha personalidade, tratei de explicar:
C: - Não. Eu já conhecia as músicas. Mas pra tudo o que ia fazer tava tocando Bob Marley. Era pra viajar, em casa, saindo... Aí eu enjoei.



É verdade. Eu já gostava das músicas, mas teve namorado tão ricidulamente louco por algumas bandas que eu fiquei com ojeriza, sabe? Até porque escutava as músicas e lembrava dos namorados e das coisas legais vividas e das balelas contadas e do fim de namoror ridículamente mal explicado. Aí começo a abominar as músicas.
Mas escutei, sem querer, Pink Floyd numa rádio no carro de alguém outro dia. Fiquei foi puta com o fulaninho que me fez querer não escutar mais! Banda tão boa!!! Agora estou à caça de alguém que tenha, pra eu voltar a escutar.

Mas sinto muito, Bob Marley eu não pretendo voltar a escutar, porque não é a minha "vibe" (não é minha vibe, falar "vibe" também) e Dave Mattews Band vem de uma ojeriza muito recente e mais elaborada, de uma perda de tempo mais notável, então vai ficar na geladeira por um longo tempo.
Isso despertou o monstro dos xingamentos (que até hoje eu não sei se é com x ou ch) e eu devo postar, nos próximos dias, um texto só pra escrachar o FDP. Falarei aqui tudo o que eu gostaria de gritar pra ele. =)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Registro econômico-emocional

Outro dia paguei R$24,00 pra não ficar com um cara idiota.


E hoje - e isso não tem nenhuma ligação com o parágrafo anterior. Estou apenas economizando posts - estou, pela terceira vez na vida, vendo tudo desfocado, tudo absolutamente embaçado. Na primeira vez que aconteceu eu tinha uma carta descontrolada nas mãos e um almoço às 12:40. Dessa vez eu não tenho nada. O que é então?

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Divagações sobre o tempo

Droga de site que não me permitiu postar nada esses dias todos!!!

Mas vamos lá: do que eu quero falar agora?

Tem esses dias que o tempo não passa. Moroso que só... Olhei pro relógio do computador e ele marcava 15:30. Agora, duas horas depois, ele está marcando 15:45. E entendiado de si mesmo.

Tem dia que o relógio tem vergonha do trabalho que faz e de ter tão pouco domínio sobre sua tarefa, afinal, quem manda na velocidade das coisa é o tempo. O relógio só dá o recado.
Contraditóriamente, o calendário (outro empregado do tempo) anda cansado ultimamente, trabalhando exaustivamente. Independentemente da velocidade das horas, os dias correm velozes, passam tão rápido que a gente só percebe de 5 em 5. Vão nessa rapidez sabe Deus pra onde.

E de 5 em 5 dias você consegue perceber que a vida anda correndo, passando demais, o fim do mês chega muito rápido. Eu noto isso porque a festinha dos aniversariantes aqui do trabalho acontece em toda ultima semana do mês, mas parece que é de duas em duas. E rápidinho chegam datas que antes demoravam séculos pra chegar.

Quando eu era pequena, o natal era um grande evento. Que por acontecer uma vez por ano, era memorável e anciosamente esperado. Doze meses passavam numa velocidade tão correta que me davam nos nervos. Era uma festa quando meu aniversário abria dezembro e a gente montava a árvore de natal. A expectativa para a noite de natal durava realmente os 24 dias. E o dia 6 de janeiro de desmontar a árvore, era realmente pouco mais que um mês.

Hoje meu aniversário acontece dia 01 e o dia seguinte já é dia 10, ponto alto do meu trabalho, horas extras e dores de cabeça diárias. O terceiro dia do mês é dia dia 21, férias, e aí Natal e logo em seguida o Revéillon e começa tuuuudo de novo!

O que será que aconteceu com o tempo? Ou o que será que aconteceu comigo?

terça-feira, 10 de maio de 2011

Essa diversidade toda

Tenho essa cadelinha nova. Branquinha, felpuda, vira-lata e cega, tadinha. Não vê um palmo a frente do focinho pretinho...Ela virou minha sábado agora... Tipo minha filha. Minha única responsabilidade na vida além de mim mesma. Eu paguei o veterinário, comprei a ração (da mais cara), paguei vermífugo. E ainda fiz faxina na casa sem a Carina me obrigar. Simplesmente porque eu queria que a minha cachorrinha branca não ficasse preta do chão.
Aí pensamos em um nome. Achei muito boa idéia chamar de Clarinha. Por causa da Santa Clara que, além de amiga* do Francisco de Assis - que é o santo dos animais - , é a santa dos olhos. Quem for católico vai perceber que eu não sou. Afinal, a santa dos olhos é a Luzia**. Mas Luzia, bem como Francisca, não me pareceram bons nomes pra minha cadelinha linda. Além de Francisca ser o nome da minha avó.
Aí, veio prontinho na minha cabeça: Amélie. Por causa do filme alternativo mais clichê do mundo: "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain". Ah... Infelizmente ele virou moda paras os anti-moda, mas é bom e eu ainda acho ele o mais bonito que já vi, então uma cachorrinha só minha tem merece esse nome.
Estavam lá em casa a Carina e o Léo, o namorado dela. E começaram a julgar a minha escolha. Ai como eu adoro quando resolvem que têm o direito de julgar as minha escolhas... Amo mesmo!!

Léo: - Porque Amiélie?
Carina: - Amélie é aquela mulher que fica enfiando a mão no saco de alpiste.

oO é de pasmar!

Léo: - Ahn??

Expliquei que não era assim (e que não era alpiste), mas o estrago estava feito. Se ele um dia for ver o filme, já vai começar com a idéia de filme viajado que não merece crédito.
Fico tão frustrada com ela... Puta merda! Não sabe de quase nada e julga tudo! É frustrante, não é?
Ao mesmo tempo, estranhamente - coisa pra Dra Psicóloga - eu fico muito satisfeita quando compro alguma coisa que ela acha estranho. Me orgulho muito em ser diferente dela. Mesmo que lá em casa achem que por isso, eu sou a ovelha negra, solteira e sem juizo.
Prefiro ser isso - e eu sei bem o que sou e o que não sou, nesses adjetivos todos que me dão - do que ser ordinária, caminhar com a massa, ter as mesmas cores e os mesmos sons.

Aí resolvi pensar um pouco sobre as coisinhas que me fazem feliz. Ou as coisas estranhas...

- Fico muito satisfeita quando o alarme do portão dispara e não fui eu.
Mas isso é um pequeno prazer? Acho que tá mais pra um sentimento de culpa eterno que eu devo carregar e que se alivia quando outro alguém tem a culpa ao invéz de mim...

- Fico feliz com cheiro de cachorro sem banho.
Mas isso é porcaria, não é não?


Ah! Assim não dá, pô! Cada coisa que eu escrevo, eu mesma discuto e justifico!
Deixa... Outro dia eu penso nisso.

Hoje fica só a conclusão de que fico muito mais bonita de pre do que de branco. E que a Carina devia fazer direito e um concurso pra ser juíza, mesmo eu achando que ela será uma ótima veterinária.





Por falar nisso, às vezes me custa esperar os anos passarem... Tô muito curiosa pra saber do roteiro a médio e longo prazo...





*Acho que a santa Clara teve foi uma quedinha pelo Francisco de Assis. Mas faz muuuito tempo que assisti "Irmão Sol, Irmã Lua".
** Santa Clara é santa do clima e do bom tempo, segundo fontes católicas e confiáveis.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A tal corda bamba

E eis que nada muda, na verdade. Mudam os detalhes, mas a vida é essencialmente, sempre a mesma coisa. E no meu caso a vida é andar na corda bamba desde que eu me mudei aqui pra capital...

Estou injuriada esses dias... Eu que era tão boa numa coisa fiquei ruim em duas coisas. E são reclamações, prazos não cumpridos, olhares exasperados e eu... Isso no trabalho! Mas ainda tem todos os outros componentes da minha vida. E essa semana teve um pouco de tudo. Tanto que só to escrevendo hoje porque não conseguia me decidir do que contar, já que está tudo precisando de narração - organização, ou mesmo esquecimento.

Eu bem que queria que alguém me ajudasse. Mas quem vai??
Cabe a mim escolher as coisas e os lugares da corda em que eu vou por o pé. Parece, agora, que eu tô é fazendo tirolesa. Não vejo, sinto ou percebo nada. Só vou.

E vou pra onde?

Pois é justamente este o ponto!




E o pior é que o inverno vem chegando, inabalável no seu curso.