domingo, 27 de novembro de 2011

X + Y = 0

Ontem, enquanto eu esperava você me ligar, eu comia, comia, comia e pensava em quando o carrinho estava subindo a montanha russa... Me deu saudade. E a consciência de que as coisas não estavam nos seus lugares.
Acontece que o carrinho subiu, e a subida foi muito curta. Pra você ter idéia, eu nem sei qual foi o ápice. Quando foi que ele chegou ao topo. Nosso topo era muito baixo... E depois do topo começa, obviamente, a descida. E o carrinho foi descendo trilho abaixo, até duas semanas atrás, quando ele chegou no mais baixo que poderia chegar e nós quase terminamos. Não terminamos por que você disse que não e que de repente dava certo. Continuei sentada no carrinho, esperando, feliz que ia subir de novo.
Mas não subiu.
Foi andando reto... E quando o carrinho anda reto ele perde a velocidade e pára. E a gente pula do carrinho, por que já não tem mais nada pra fazer nele.

Hoje o carrinho está vazio e eu caminho sozinha pra algum lugar. Exatamente 3 meses depois de ter começado essa brincadeira, que tinha chances de ser boa, mas foi extremamente insossa.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

De onde vem a calma?

Enquanto eu ia encontrar os meus amigos eu andava pulando as poças d'água - tem chovido muito ultimamente - e pensando em escrever sobre formas de andar aqui no blog.
Encontrei os dois, ela de vestido branco de lese, com a bebezinha deles no colo. Peguei a nenê, toda carequinha, morena e bonitinha, de macacão rosa e fomos andando pro meu apartamento (que não é o meu apartamento de agora, é um maior, muito mais bem mobiliado e tem um sofá/puf, igual ao da minha vizinha). Foi lá que eu coloquei a menininha pra brincar com ela enquanto os dois iam na cozinha (pra beber água?) e ficavam lá conversando.
Escutei uma terceira pessoa embora tivesse a parede da sala e o ângulo não me permitisse ver quem era, eu via. Um cara de cabelo grande ondulado, que é um ator brasileiro, mas que eu já não lembro qual é. Ele estava segurando um revólver apontado para o casal, conversando com eles com relativa tranquilidade e não parecia que eles corriam risco. Mas eu sabia que esse cara era um traficante e não estava muito satisfeito com os meus amigos. Atirou neles. Na mulher, a bala atingiu a testa, se não me engano.
Peguei a menininha, fui pro meu quarto e comecei a pegar umas roupas, no meu guarda-roupas que ocupava duas paredes e ia do chão ao teto. Eu pensava em como iria sair dali sorrateiramente e protegê-la. Não acho que ia dar certo, já que eu estava fazendo tudo muito devagar, mas eu tinha a sensação de que o cara cabeludo nem ia fazer nada comigo, só que eu sabia que a bebezinha corria risco.

Eu nunca vou saber o final, por que acordei. Fiquei até meio nervosa por causa do suspense interrompido.
Mas fiquei mais nervosa em seguida por ter sonhado. Eu não gosto de sonhar! Não gosto dessas histórias cheias de coisas desconhecidas, ou conhecidos que eu não entendo. E sempre acho que atrapalhou a paz do meu sono, ficar vivendo tanta coisa enquanto eu deveria estar descansando...

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Aprendendo a rogar pragas

Com certeza eu tive ajuda externa, do Anjo da Guarda ou alguém assim. Se bem que do jeito que foi engraçado não deve ter sido coisa de anjo, por que eles são muito sérios e contritos e ocupados.
Foi sorte mesmo. Ventos coloridos a meu favor.

De manhã uns 20 minutos de encheção de saco. Todas as comparações que elas acharam, elas fizeram. E eu me aguentando - tenho que que vigiar muito pra não estourar. Manter a política da boa vizinhança. Falaram que minha bota parecia de jardineiro, hortifrutigranjeiro, parecia o sapatinho que a Cinderella usou pra entrar no galinheiro, bota de açougueiro e por aí vai... Uma chatura!
Eu só respondendo que meus pés estavam quentes e não se molhariam quando a gente saísse pra almoçar. Nem imaginava que o castigo - delas - viria a cavalo, rápido e rasteiro.

Pois deu a hora de buscar o lanche pras pessoas que estão fazendo o treinamento. Tudo responsabilidade minha. Como eu não dirijo, fui pedir pra um e outro que me levassem de carro. A Xu levou, sempre ela... Demoramos pra achar o carro, que alguém deixou em cima da faixa de pedestres e percebemos que o motivo era que duas vagas vazias estavam com 5 cm de água da chuva. Eu ri e falei, rogando praga e torcendo pra dar certo:
- Na volta só vai ter uma dessas vagas e você vai ter que parar nela. Ai eu vou sair com a minha bota linda e seca e você vai ficar presa no carro.

Dito e feito! Só que ela não ficou presa. Fez uma ginástica danada, quase se pendurou na mini árvore que tinha do lado da vaga e saiu. Ilhada. Fez mais ginástica e pulou pro jardim e foi pela grama. Tudo difícil, envolvendo muitos sparcats, medo de cair na água e a minha risada no fundo (não daquelas malignas, daquelas que terminas com lágrimas, de tão engraçado que foi).

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Casos de família

A habilitação para carro ele tentou tantas vezes quem ninguém lembra mais a quantidade certa. Sempre com desculpas muito boas para os erros. Ai quando ele desistiu e nós achamos que podíamos ficar tranquilos, ele chega em casa com uma moto embaixo do braço, um carnê de prestações que mais parecia uma bíblia e diz que agora ia ser obrigado a tirar a habilitação para motocicletas.
Considerando o quanto ele é ansioso, não foi a melhor escolha ter uma moto pra pagar como incentivador para passar no exame de direção. Mas minha família só tem neguinho impulsivo, menos a minha irmã, que é um poço de coerência, retidão e prudência (Urgh!!).
Pois ele tentou a primeira vez. Não passou. Chegou em casa com uma história muito boa sobre perder por pouca coisa. Marcou a segunda. Também chegou em casa com cara de injustiçado/azarado/perseguido. Meu tio e meu primo tinham ido espiar o exame e viram que foi muito inaptidão e nervosismo do que azar. E eu pensei em todo o dinheiro que foi embora e que ainda iria, caso ele quisesse fazer o exame 7, 11 ou 13 vezes, como foi com a carteira de carro.
Marcou o terceiro exame.
Ai hoje de manhã minha mãe liga pra minha irmã, antes das 7 da manhã pra contar que ele passou!
Putz!!! Foi emocionante. Fiquei súper feliz por ele! Até por que eu já tinha perdido as esperanças, a confiança e a eticétera.
Ai liguei pra dar parabéns e ele foi me contar como foi. Depois da narração, eu pensei no quanto minha família parece essas famílias de núcleo engraçado de novela das 7. Segundo ele - que seria o pai descontrolado - ele fez o exame e de cara perdeu 3 pontos se desequilibrando e colocando o pé no chão. Ai resolveu não errar mais e não errou.     Oo   
Minha mãe, meu primo e meu tio estavam pendurados no muro  - isso mesmo: pendurados no muro da pista de teste - para ver o exame. E quando ele passou, desceram pra cumprimentar. Ai minha mãe - daquelas personagens mães boas de coração e de cozinha, e bem gordinhas - se esborrachou no meio dos arbustos e meu primo que foi ajudar, pisou em falso e caiu por cima dela...
Mas parece que ninguém quebrou nada e meu pai agora é mais um motorista à solta oficialmente. Segundo ele, foi por causa das preces da minha avó, que não se enquadra muito nas avós típicas das novelas. Ela não é beata, não cozinha bem - ela sabe, mas não quer, não conta histórias, não é bom exemplo e ainda é muito carente-rabugenta...

E que tipo de mocinha eu sou?

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Outro capítulo da minha vida de novela mexicana

Acabou que eu conclui que eu posso enrolar menos e dormir 20 minutos a mais. Isso faz uma diferença danada no meu humor. Mas sabe o que realmente é mandatório no meu humor? O Bonitinho. Ele sempre chega pela porta do fundo do escritório que eu fico e vem dando "Bom dia" pra todo mundo. Ele-é-um-fofo! E quando eu sentava na frente da cozinha, ele passava por mim e me dava "bom dia" também.
Acontece que meu lugar era um inferno! Todo mundo passava e dava uma  batidinha na mesa. Parava de papo na cozinha - do meu lado esquerdo - e me desconcentrava, parava de papo na impressora - do meu lado direito - e me desconcentrava mais. Ai depois de pedidos encarecidos e um chilique descontrolado (na semana que eu estava igual cachorro bravo, brigando até sem ver) eu troquei pra outra esquina. Muuuuito mais tranquila.
Ai o Bonitinho não me cumprimentava mais por que segundo ele, desviar (3 mesas) pra me dar bom dia seria estranho e causaria desconfianças - a gente é segredo até hoje! E eu ficava puta da vida por que ele não me cumprimentava! Ai tentei reivindicar e ele não me deu bola, então eu resolvi que ele ia sofrer o meu mal humor, já que ele era o causador.
Ai ontem fiquei bem o dia todo de cara feia pra ele. E por isso ele me telefonou à noite. =) Quando ele falou da cara feia eu expliquei que era mau-humor da "Crise do Bom dia" e ele não comentou nada! Nada! Mas como eu tava mal humorada, mas feliz pela ligação, eu deixei pra lá. E eis que no dia seguinte - hoje - ele chega e dá jeito de desviar e me cumprimentar, com direito a um tapinha na mão e tudo!
Comecei a rir de ver que ele levou meu drama a sério, finalmente, aí ri o dia todo...

Ri quando a amiga caroneira me deu um cup cake em agradecimento por eu ter devolvido o livro que ela me emprestou. Coisa mais estranha, né? Mas eu desconfio muito do motivo do presente! Pode ser ela querendo me conquistar pra eu nunca mais encrencar com as caronas...
Ai...

Se não fossem os blogs de gente mais doida que eu por ai, eu diria que minha vida é a mais mexicana de todas as vidas.
Quarta-feira peguei o ônibus errado e tive que correr 6 quarteirões da Gonçalves Dias morro abaixo e depois morro acima pra me consultar com uma neurologista sobre o meu sono em horários impróprios e meu frio excessivo, além de querer dar uma conferida na idéia da Dra. Loirinha de que eu tenho DDA (Distúrbio de déficit de atenção).
A Dra. Cabelos Brancos - que  parecia muito mais afetada do que eu - focou apenas no DDA e me mandou pra um cardiologista pra ver se eu sobrevivo ao remédio tarja preta que ela quer me dar pra dormir apenas à noite e ficar esperta de dia.
Bom... Eu não sei se quero tomar remédio. Mas confesso que a solução para a minha irresponsabilidade brilha numa caixa com tarja preta como se fosse um oásis no deserto. E pra começar a me acostumar, vou logo me corrigindo: eu não era irresponsável, afinal de contas! Todas as milhões de coisas que eu deixei de fazer na vida não foram por falta de vontade (e Deus sabe que eu tentava de verdade), mas por que eu não conseguia fazer. Segundo a Dra Cabelos Brancos, nem é só DDA, é TDAH com ênfase em impulsividade.  Fora que eu definitivamente não sou hiperativa (junto ou separado?), o resto muda a minha visão da minha história...
Ai, na quinta eu tinha consulta com a Dra. Loirinha, minha psicóloga bonitinha, que foi quem confirmou que hiperativa eu não sou, mas sou mesmo o resto todo e não, não devo tomar remédios que vão mandar no meu cérebro. Vamos ver o que fazer, né..
Aí cheguei no inglês e minha professora de inglês, sabendo da história, pegou um livro e fez um teste comigo, igual esses testes de revista Capricho, sabe? E eu descobri que provavelmente estou pior agora por que meu dosha está desequilibrado. Resolvo isso com alimentação, massagem, posições de Yoga, cores e aromas indicados para vata - meu dosha. E a primeira coisa da descrição é: "Sub-desenvolvido fisicamente, os indivíduos vata são..." Ah!!!! rapap*%&quepa#@*!

Num dia só eu ganhei um "bom dia" chorado, um cup cake misterioso e duas novas classificações, sendo que uma é uma doença nos neurônios e a outra me chama de classifica como uma velhinha em miniatura!
Tá demais não tá não? SBT, me contrate!
Quem são Maria do Bairro, Maria Mercedes e Marimar perto de mim?

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

De sábado à noite

São uma e onze da manhã e eu estou digitando com uma mão só. Existem várias coisas estranhas / erradas nesta frase.
1 - porque eu estou digitando com uma mão só?
Por que tem uma cachorra gigante no meu colo. Cega, gigante e repentinamente carente. Com um bônus: ela é peluda e está trocando pelos por que o verão logo chega... Imaginem como fica a minha roupa?
2 - porque eu estou digitando com uma mão só na madrugada de um sábado?
É que meu namorado está estudando, e eu fiquei em casa, fazendo às unhas às dez da noite, assistindo Grey's Anatomy para treinar o inglês e me dividindo entre três cachorros carentes.

Bom, não eram várias coisas erradas. Eram essas duas. Que nos levam a mais erros...

2.1 - TRÊS CACHORROS. Em um apartamentinho. Isso porque, não bastasse os dois que eu já tenho e que andam me cansando muito e já causaram brigas e crises de ch
2.1 - Se meu namorado fosse gente boa, ele não demarcaria comigo. Mas caso desmarcasse, ele o faria em tempo hábil para que eu descolasse algum programa ao invés de ficar em casa fazendo as coisas que eu fiz.
2.2 - Pois é... Eu tenho um namorado. É o mesmo da equação, de alguns meses atrás. Mas tem dois sábados que eu saio sozinha. Fora todas as sextas feiras dos dois meses que estamos juntos. Fora ele sequer ter-se lembrado que nós fizemos dois meses...

Mas...
Ele outro dia postou uma mensagem de apoio e força ao Lula. Ele é fofo. É tão bom quanto consegue no fim de período da faculdade dele. E eu estou me aguentando... Inclusive, caso não tenham percebido:
- É sábado à noite e eu estou em casa. E embora esse post esteja bastante reclamão, eu estou muito bem! De verdade!
Não fiz as unhas mais cedo porque dormi a tarde toda. E eu nunca vou assumir pra ele, mas hoje eu nem tirei o pijama! Eu estava completamente com preguiça de sair. E o fato de a Amèlie deixar de ser uma quase autista e passar a querer carinho e colo, me deixa feliz também - e eu tenho um rolo adesivo da 3M que tira todos os pelos das roupas.

É isso então. Um post reclamão pra voltar à ativa!


sábado, 5 de novembro de 2011

Seriously???? Seriously??????????

Eu sempre caio na pegadinho do filho da p*&$# do Blogger! Um texto já nas correções finais e esse lixo de site  faz um não sei o que e apaga tudo.
Outro dia, daqui a mais dois meses, eu posto!